domingo, 30 de novembro de 2008

Revolta na Univap

E não é para menos, foram informados que não mais terão direito ao desconto de 40% (quarenta por cento) no pagamento das mensalidades, algo em torno de R$ 200,00, uma quantia considerável, tratando-se de pessoas que sacrificam-se para poder estudar.
Na manhã do dia 26, algumas alunas do Serviço Social relataram os fatos aos professores Darwin Bassi e Francisco Gorgônio Nóbrega, diretores da Associação Nacional dos Amigos da Educação, ANAE.

Letícia Silveira Pereira Veras, aluna do curso de Serviço Social, detalhou a situação: “Eles divulgaram que as turmas do período da manhã dos cursos de Serviço Social, Química e Pedagogia teriam um desconto de 40%. Fiz o vestibular e me matriculei em 2007 justamente por isso.
Como ficou sabendo do desconto? – Eles anunciaram no jornal Valeparaibano e na Revista da Univap, todo mundo ficou sabendo.


Como vê retirada do desconto pela Univap? – Em 2007 houve o desconto de 40% nas mensalidades, mesmo assim, eles nos cobraram uma rematrícula absurda no valor de R$ 530,00. A partir de janeiro de 2008, as mensalidades tiveram o desconto prometido, mas, agora, no final do ano, o pessoal da Univap vem com essa conversa de que o desconto acabou. Afirmam" haverá somente uma redução de 12% para os alunos que pagarem em dia as mensalidades".
Então prometeram uma coisa e estão fazendo outra? – Isso mesmo, na semana passada, a secretária Ione nos comunicou que não temos mais o desconto de 40%, -quem quiser continuar a estudar e pagar em dia terá apenas um desconto de 12% - se pagar em dia.
E o diretor do Campus Villa Branca, Frederico Lencioni Neto, o que ele fala? – Numa reunião que tivemos no ano passado, o Lencioni afirmou que enquanto ele fosse diretor do Campus Villa Branca,- os alunos teriam o desconto de 40%.
Muitos alunos estão envolvidos?– O pior de tudo é que não houve um comunicado oficial, a notícia é dada pela secretaria. Na nossa sala temos 16 colegas, na Química são uns 15 e na Pedagogia perto de 25, dando um total de 50 alunos envolvidos nessa situação. É terrível, estamos nos sentindo enganados.
E essa de bolsa de estudo, como funciona? – É o que eles chamam de projeto Vale a Pena Viver,- os alunos são selecionados através de avisos nos murais. No meu caso, fui colocada para trabalhar diariamente no bloco A, secretaria da Faculdade de Engenharia, no período noturno, das 17:30 às 22:00 horas, por quatro horas e meia, de segunda a sexta feira.Minha obrigação é auxiliar os professores. Alem de mim só tem um segurança e a moça da limpeza. Cuido do Data Show, do Retro Projetor, sou responsável pela secretaria, pelos computadores, chaves dos laboratórios e do auditório, em troca eles descontam R$ 300,00 na minha mensalidade e dizem que sou bolsista!
E teve a Carteira de Trabalho assinada? - Não, apenas fiz uma entrevista com o diretor, o Lencioni, depois assinei um contrato na secretaria com a Ione, que não me forneceu uma cópia.
E quem são esses “bolsistas”? – São alunos de todos os cursos, eles recebem essas “bolsas” de R$ 300,00 e, em troca disso, têm que trabalhar quatro horas e meia/dia para a Univap. Na minha classe, três colegas trabalham em creches; uma está no Campo dos Alemães, outras nas creches do Alto de Santana. A Gabriela trabalha na creche que fica na estrada, que vai de Jacareí para Santa Branca. Não sei o que acontece com o boleto, pois ela recebe os R$ 300,00 em dinheiro.
O que os professores falam? – Quem dá aula pra gente são: a Ana Maria do Espírito Santo (Estatística); a Maria Enilse, que é esposa do professor Ronaldo, (Fundamentos Metodológicos); o Valdevino; a Vera Molina e a Margarete, que dá Legislação Social. Eles parecem estar comovidos com a nossa situação, mas, não se manifestam,- acho que por medo de perder os empregos. O próprio Lencioni ainda não veio falar conosco.
Como vê essa situação? – Me sinto enganada. Estou muito triste, jamais imaginei que uma instituição como a Univap pudesse proceder assim. Sem o desconto, não teremos condições de pagar e continuar o curso que começamos. Agora, na metade do curso, querem mudar as regras, nos apunhalaram pelas costas.
Que providências vocês irão tomar? – Vamos procurar os nossos direitos na Justiça. Estamos com a razão, se não fosse assim não estaríamos nos movimentando."
A aluna do Serviço Social, Silvia Aparecida Patrocínio,- diz que ao se matricular na sede da Univap, da Praça Cândido Dias Castejon, em São José dos Campos, foi informada que poderia fazer o curso de Serviço Social no Campus de Jacareí, no período da manhã, com 40% de desconto nas mensalidades, afirma que, "aceitei e fiz a matrícula em Jacareí.
Bolsa de estudo – “Eu sou bolsista da Univap e recebo na minha conta bancária perto de R$ 300,00 para trabalhar das 12:30 às 17:00 horas, como educadora na creche do Jardim Telespark, em São José dos Campos. Eles dizem que é uma ajuda para pagar a mensalidade da Univap. A Fátima e a Patrícia são as responsáveis pela creche.” Afirmou Silvia.
A joseense Carmem Silvia Landim fez sua inscrição para o curso de Serviço Social na sede da Praça Cândido Dias Castejon, em dezembro de 2006. “Paguei a matrícula e também a parcela de janeiro. Depois, vi a reportagem no jornal Valeparaibano sobre o desconto para quem fosse estudar em Jacareí e me interessei. A secretaria da Praça Castejon me informou que o desconto de 40% nas mensalidades seria para todo o curso, isso me atraiu e fui para Jacareí.
Bolsa – Eu trabalho, das 13:00 as 17:30 no Campus da Univap, em Jacareí, e recebo uma bolsa de R$ 300,00 através do programa Vale a Pena Viver, - a quantia já vem descontada na minha mensalidade. Não há registro em carteira, só assinei um contrato de estágio, - não me deram uma cópia. Eles disseram que a tal cópia nos seria enviada, mas isso nunca aconteceu.”
Entrando direto no segundo semestre - Com a aluna do Serviço Social, Crisley Santana Ibrahim, aconteceu algo diferente: “Fiz minha inscrição em Jacareí em junho de 2007, mas, ninguém me avisou que eu estava entrando direto no segundo semestre. Uma das professoras, a Denise, disse que era preciso haver benemerência comigo, porque tinha entrado no segundo semestre sem saber nada, já que não tinha cursado o primeiro. Ela ainda pediu para as colegas me ajudarem. Em resumo, entrei no segundo semestre sem ter feito o primeiro”, afirma Crisley - que não sabe como deve proceder.
Trabalho sem registro – "Eu trabalho na Univap, faço monitoria na biblioteca, através do projeto Vale a Pena Viver, -dizem que recebo R$ 300,00, essa quantia já vem descontada no boleto da minha mensalidade.” Diz Crisley.
Desconto para todo o curso - Márcia Maria Campos é aluna do Serviço Social do Campus Villa Branca, em Jacareí e mora no bairro do Galo Branco, em São José dos Campos. Ela diz que fez a inscrição no Campus da Cândido Castejon, onde foi informada que se estudasse no período da manhã, em Jacareí, teria um desconto de 40% nas mensalidades durante todo o curso. Ela aceitou e foi para Jacareí.
Bolsa – Márcia também foi atraída pelo projeto Vale a Pena Viver, trabalha na creche do Telespark, em São José, das 12:30 às 17:00 horas. “Eles depositam R$ 300,00 na minha conta bancária. Não tenho carteira assinada e nem cópia do contrato que assinei com a Univap. Como temos dificuldades para pagar os estudos, acabamos nos submetendo a esse tipo de coisa. Alem do mais, ficamos com pouquíssimo tempo para estudar. Agora, vamos buscar nossos direitos na Justiça.” Afirmou.
A posição do diretor - Na manhã da terça feira, 25, o Diretor da Univap, Campus Villa Branca, Professor Frederico Lencioni Neto, afirmou por telefone, que o desconto de 40% nas mensalidades foi válido para os anos letivos de 2007/2008 e que não continuará em 2009, quando a Univap oferecerá um desconto pontual de 12% nas mensalidades para todos os cursos, desde que, o pagamento seja efetuado na data do vencimento. Lencioni disse, ainda, ter conversado com os alunos do curso de Serviço Social, ouviu as reclamações, relatou à Reitoria e está aguardando uma posição oficial.
O que é uma bolsa de estudos? – Segundo os professores Darwin Bassi e Francisco Nóbrega, “Bolsa de estudos é para alunos carentes, Eles não precisam trabalhar para justificar o recebimento do valor da bolsa. Isso é um absurdo, para dizer o mínimo.” Disse Bassi.
Milhões da Prefeitura de São José para a Univap - Segundo o Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais, algumas creches municipais de São José dos Campos, como a do Campo dos Alemães, na Zona Sul e a de Santana, na Zona Norte, eram administradas pela ONG Mamulengos, que se retirou graças a uma série de "problemas administrativos” envolvendo mais de R$12 milhões, cujos processos correm na Justiça. As creches agora são geridas pela Univap, que recebe quantias milionárias da administração Eduardo Cury (PSDB).
Fim do Ensino Fundamental - A partir de 2009, a Univap deverá desativar o curso de Ensino Fundamental, resta saber como ficarão os alunos e professores. As dificuldades não param por aí, o reitor Baptista Gargione Filho foi denunciado por diversas irregularidades, que teria praticado a frente da Univap e da Fundação Valeparaibana de Ensino. O Ministério Público Estadual determinou abertura de inquérito e deve se pronunciar brevemente. Diante dos relatos acima, com a palavra os vereadores "fiscais do povo", os conselheiros da Fundação Valeparaibana de Ensino e o Ministério do Trabalho. Saiba Mais
Fale com os professores: Darwin Bassi dbassi@uol.com.br - Francisco Nóbrega francisco.nobrega@gmail.com

Fraude nas urnas eletrônicas

“Quando as máquinas de votar foram usadas pela primeira vez, em 1996, além do registro magnético, as urnas imprimiam o voto em papel - o que permitia ao eleitor conferir o próprio voto, um direito seu assegurado por lei. Mas, ninguém sabe porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aboliu a impressão do voto em 1998. O Senador Roberto Requião (PMDB/PR) protestou e deseja restabelecer a forma inicial permitindo que o voto volte a ser conferido pelo maior interessado - o próprio eleitor.
O fato de aparecer na tela da máquina o nome, o número e a foto de determinado candidato na hora de confirmar o voto do eleitor, não significa que ele receberá o voto. Um software desonesto pode totalizar o voto para outro candidato ao mesmo tempo em que mostra na tela o político que o eleitor escolheu.
O programa que faz a urna funcionar pode tudo a partir do momento em que o voto não é conferido. As urnas eletrônicas têm o poder de “eleger” candidatos sem votos, “deselegendo” candidatos com votos.
O voto do brasileiro tornou-se virtual, não existe mais materialmente, e eleição inauditável é sinônimo de eleição inconfiável. Só não vê quem não quer, o problema maior é que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - que informatizou a eleição brasileira do jeito que ela é hoje - não admite críticas ao sistema que garante, de pés juntos, ser 100% seguro.”
Fraude Anunciada
Queiram ou não, o descrédito das autoridades vem de longe e permanece. O Brasil continua o país da impunidade. Até um ministro do Superior Tribunal de Justiça deverá sentar-se no banco dos réus. Paulo Medida é acusado de venda de sentenças e outros trambiques.
Por outro lado, ninguém se surpreenda se, de repente, aparecerem “provas” para incriminar o íntegro Delegado Federal Protógenes Queiroz, responsável pela prisão de muitos pilantras desse país, acobertados por recursos e mais recursos nos tribunais superiores
O povo brasileiro quer e precisa retomar o poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. Estamos cansados de ser roubados por agentes públicos pés de chinelo, picaretas que sustentamos com altíssimos salários. De quebra, ainda possibilitam fraudes nas eleições. Do jeito que está não pode continuar, a manipulação dos votos é motivo justo para colocar os responsáveis no paredão.
Saiba mais -
Fraude em Guarulhos - Fraude nas eleições no Maranhão - Eu sei em quem votei. Eles também. Mas só eles sabem quem recebeu meu voto - Fraude Nas Urnas Eletrônicas