terça-feira, 26 de agosto de 2008

Vereador é condenado


O juiz Sílvio José Pinheiro dos Santos, da Primeira Vara da Fazenda Pública de São José dos Campos, condenou o vereador Cristiano Pinto Ferreira (PSDB) à perda do mandato e dos direitos políticos por quatro anos por suposta compra de votos em troca de cargo público na eleição de 2000. A denuncia foi feita pelo promotor Celso Márcio da Silva Ramos, promotor da 6ª Promotoria de Justiça e Cidadania. Cristiano (foto) continua na disputa eleitoral, podendo recorrer ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
O escândalo estourou quando o jornalista Jorge Licurcci publicou na revista Impacto Nacional, em junho de 2002, uma matéria denunciando o vereador Cristiano Pinto Ferreira (foto) por compra de voto.
Maracutaia - Na época, o cabeleireiro Sérgio Duque, também candidato, desistiu de concorrer a uma cadeira na Câmara Municipal de São José dos Campos e passou a apoiar Cristiano em troca de um emprego bem remunerado em caso de vitória nas eleições. Licurcci publicou uma matéria extensa onde a maracutaia foi descrita com muitos detalhes.


Promessa não cumprida - Cristiano ganhou, mas o cargo melhor, com salário de R$ 3.500,00, foi preenchido pela própria esposa do vereador, Renata Juliana. O cabeleireiro acabou nomeado oficial parlamentar com salário de R$ 1.300,00, bem menor do que havia combinado com Cristiano, não gostou nem um pouco da brincadeira, e passou a cobrar o prometido.

Liderança - Falante e conhecido no bairro do Jardim Paulista, Cristiano subiu rápido, virou líder do partido, a partir do momento que foi integrado ao staff do ex prefeito Emanuel Fernandes, hoje deputado Federal.

Ciúmes - A presença do cabeleireiro no gabinete começou a incomodar e surgiram os atritos. Duque dizia que o vereador sentia ciúmes do seu desempenho na comunidade e que, por isso, teria sido proibido de trabalhar nas ruas. Um belo dia o vereador afirmou que não poderia mais mantê-lo no cargo.

Diploma falso – O argumento usado por Cristiano foi que havia vazado para a imprensa que o diploma de Segundo Grau de Duque era falso e que isso seria publicado, prejudicando sua carreira política.

A resposta – Diante disso, Sérgio Duque foi claro, contou ao repórter Licurcci que Cristiano havia pedido seus documentos quando da sua contratação pela Câmara, o CIC, o RG, Atestado de Antecedentes Criminais e o diploma do Segundo Grau que ele não tinha, mas que Cristiano garantiu que isso não seria problema, que daria um jeito.

Ameaças – Duque não imaginava como o tal diploma em nome dele teria surgido, só percebeu que o documento poderia ser uma arma contra ele a partir do momento que começou a cobrar as promessas feitas. Aí começaram as ameaças que suportou, alegando que denunciaria os fotos.

Provas contundentes – Os fatos levados à Justiça foram acompanhados de documentos, como a cópia de um currículo escolar em nome de Sergio Ailton Araújo Duque, fornecido pela E.E.P.S.G “Visconde de Mauá”, com o timbre da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, assinado pelo diretor e pela secretária com citação dos RGs de ambos. Cópia da Declaração onde Cristiano se compromete a contratar Duque em caso de vitória, com as condições especificadas. Tudo assinado e com firma reconhecida, inclusive com testemunhas. Um agravante maior é ser Cristiano advogado, e isso complica a situação.

Cadeia - Se condenado em última Instância, o vereador, alem de perder o mandato, ficar impedido de manter qualquer negociação com a administração pública, pode pegar até quatro anos de cadeia, pena prevista na Artigo 299 da Lei Eleitoral 4.737/65 – “... dar, oferecer, prometer, solicitar, ou receber para si ou para outrem dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem para obter ou dar votos e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita..”


4 comentários:

Anônimo disse...

Esse cara devia era ir em cana, tremendo pilantra

Anônimo disse...

bem feito

Anônimo disse...

Proiva que nosso Sistema é falo e que se aplica somente ao pobre que depende exatamente do proprio sistema
esta la o artigo e a lei e nada é feito, só no brasil mesmo

Talita Pereira disse...

Além de tdo isso esse cara queria ser colocado como o vice na atual campanha do Eduardo Cury, mas como não conseguiu, disse aos caras do PSDB que sairia na imprensa pra falar alguns podres do PSDB. Deve ser por isso que esse partido estava tentando fazer dew tudo pra ele não se candidatar a vereador.